quarta-feira, 27 de abril de 2011

DESCULPE baby, mas não posso mesmo simplificar as coisas.




Antes de qualquer coisa, tudo ou nada... 


Primeiro eu escrevo pra mim mesmo, é isto mesmo. O leitor mais assíduo de qualquer escritor é ele próprio, e estou dizendo de qualquer escritor seja ele Shakespeare, Machado de Assis, Mario Quintana, Nelson Rodrigues, Guimarães Rosa, Raquel de Queiroz, Augusto dos Anjos, Alvares de Azevedo, Carlos Drumond de Andrade... enfim há lista é infinita, mas independente do calibre do escritor todos terão isto em comum, serão eles próprios os leitores mais vorazes de suas escritas.


Segundo ponto, não procuro dar sentido ao que escrevo, não sou um livro didático e adoro a falta de conexão lógica das coisas. O inusitado eu diria. Não há como me criticarem pela falta de sentido, não é este o meu objetivo. Alias dizer: ”Não entendi porra nenhuma do que escreveu!”. É um grande elogio, só não é perfeito, pois se entendeu algo é um bom sinal. Afinal de contas algo pode ser inteligível para mim e para outra pessoa pode ser totalmente indecifrável, já para outras... E qual é o mau nisso? Nenhum é obvio, ou melhor, não há nenhuma canalhice nisto.


Falando a verdade...
Escrevo para me libertar... Não para contar a minha vida, ou a de meus amigos, ou  a de meus inimigos ( sim eu os tenho e os amo. )... Escrevo, liberto a minha frustração, as minhas mentiras, as minhas verdades, as minhas historias todas alteradas e confusas propositalmente. O fato é que não estou escrevendo um diário e ponto final e no i. Pronto falei... Agora confesso. Eu só venho aqui mostrar o meu monstro. uma parte do que eu disse ai em cima? MENTIRA! Carência de atenção. essas porcarias que nós fazem sentir-se uma bosta. UM MONSTRO. ou apenas a simples vontade de se mostrar.


AGORA VEJA SE NÃO CONCORDA...
Estamos sempre à procura de novos monstros, eles sempre são mais interessantes que nós, meros filhos do meio, patéticos e comuns.



Em meio a essa batalha incessante por atenção, cheia de egos famintos enfileirados nas suas trincheiras, queremos sempre ampliar nossos dramas. Queremos chorar feito crianças até perder o ar para que alguém nos direcione um simples olhar. Somos magoados, chutados, largados de lado. Somos trocados, somos humilhados em público por pessoas que antes estavam te chupando dentro de um carro. E depois disso tudo, queremos as coisas como antes? Não, pensamos logo em cortar nos pulsos e deixar um bilhete, queremos chamar a atenção. O importante é que todos vejam o tamanho de seu monstro, e como ele foi subestimado durante todo o tempo.


Talvez a saída seja beber até conseguir fazer com que seu fígado vire uma bola de gordura. Ou cheirar quilos de pó. O importante é ser decadente, não importa se é escrevendo poemas em um blog. Queremos a compaixão, estes malditos egos famintos só querem se alimentar de lágrimas, de sorrisos, de abraços e de consideração. Não importa se é tudo falso, falso como nossas tristes vidas, falso como nossos grandes amores, falso como o instinto de sobrevivência, ou devia dizer covardia e acomodação?


MEU CU!


Como uma puta barata de beira de estrada, nunca sabemos quando vamos receber uns trocados, uma bela fodida ou um chute no estômago. e quando nós as putas de beira de estrada vamos deitar para dormir mau conseguimos pois só reclamamos de como a vida é injusta, de como aquilo, de como isso, aqui e acolá na puta que o pariu. 


O maior problema de nosso século é a solidão, a indiferença, e as caras plastificadas dos falsos, que graças a Deus são de plástico, ainda podem reciclar-se, melhorar talvez... Em verdade tenho medo de que tudo hoje em dia seja de plástico, será que até o amor ? Neste mundo de plástico, tudo desaba muito facilmente e nada é tão assustador quanto o próprio plástico.


ENFIM... MEU CU²...



Eu e meus problemas inúteis. Foi assim que me senti AGORA e em outras ocasiões também. Afinal de contas, meus problemas são inúteis, supérfluos e bobos. Inocentes, por que não.




O que quero dizer é que é normal. É tudo isso muito normal.
Só queremos mostrar nossos monstros, o meu está me devorando. E o seu, anda sob controle?




BY:  H.c

Nenhum comentário:

Postar um comentário