quinta-feira, 13 de junho de 2013

Bom demais!





              Não existe no mundo, ação de reflexão mais profunda que uma auto-avaliação, é o obvio ululante. E é o que tem me deixado inerte para alguns outros assuntos, que não seja, eu. Como já disse aqui, desculpando um egoismo nunca assumido, porem já apontado por alguns. Não é uma questão egoísta, mas, de auto-conhecimento. Tenho procurado entender como, mesmo com essa casca velha, fantasia de gente madura, fria, crescida... Que inventamos para nós mesmos com o passar dos anos, Somos todos nós, no resultado da soma de nossas totalidades boas e ruins, pateticamente iguais em relação a assuntos universais, como o amor. Faz tempo, sei que eu evito, mas eu não consigo mais, esta entalado, machucando o meu peito, meias verdades, preciso vomitar!

              Eu ando pelo mundo amando sorrir a madrugada, eu ando pelo mundo amando sentir a musica entrar pelos poros da minha pele, amando a inocência de estar feliz, não apenas sentir, mas, de fato estar feliz, em realidade, em sonho... Eu estou muito feliz, eu ando pelo mundo amando.

              Esse sentimento esteva hibernando no fundo do meu âmago ferido, o amor se esconde ali entende? não? sim, pois todos nós temos o âmago ferido, seja por orgulho ao amor, por puro amor... Na vida, serão muitas as vezes que o amor vai ferir-te, bem no centro de tudo, sempre onde dói mais. é la que o amor mora. Na vida, depois que o amor te machucar, quase estripar as suas tripas, é na parte mais intima de um ser que o amor gosta de dormir, para um dia acordar  e fazer-te lembrar que apesar das tripas estripadas é bom amar. E na força da palavra, amar. Amar e ser amado é mais bacana, é claro! mas amar, amar, amar e amar... O simples fato de amar, também é legal.  é sempre muito agregador amar.

              Então, acordado e pulsando frenético dentro de mim, hiperativo, esse sentimento me faz lembrar de outrora, que quando ainda menino, pela primeira vez me aventurei ao amor, uma verdade, ninguém nunca esquece o primeiro amor. Foi a primeira vez que me permiti, se eu soubesse... ah se nós soubéssemos, nós lutaríamos contra, como fazemos todas as outras vezes que o amor acorda. todo mundo faz isso, o amor, apesar de divino e super benéfico é algo que nós evitamos por medo. O meu primeiro amor, deixou uma chaga inflamada por anos, maquiada. Foi a maior lição da minha vida até hoje. O meu amor infantil, é meu amigo, eu sou amigo do amor. 

              Toda vez que lembro dessas, eu sorrio descaradamente em frente a tamanha sombra de infantilidade. Eu lembro que, que em um caderno, eu marcava os dias que eu não o via, algo como, 64 dias e não o vi, 93 dias e não o vi... Ate finalmente, neste caderno, escrever as lamurias do dia em que o encontrava. Gargalho, a lembrar que ele sabia do meu apreço por ele, filho da puta, ele acabava comigo. Eu chorei de amor, algumas vezes, igualmente a crianças no pre-escolar, eu chorava e soluçava... Ele era tão forte, o amor. Deu certo!

              O tempo passa, é quando acontece de você estar do outro lado. Quem me amou, quem me ama, quem diz me amar... É esse sentimento que involuntário me faz escrever essas linhas. Hipoteticamente existe quem diz que me ama,  quando alguém diz que te ama, com aquela força, com aqueles sonhos avassaladores... Demonstra estar preparado para todos os nossos defeitos e segredos mais íntimos, você não. É aquele conflito entre emoções, você pesa, você se arrisca em palpites, você se entrega e tenta aprender a fazer isso completamente, se entregar completamente é uma das coisas mais difíceis do mundo, assim como saber o que quer e ir a luta, você pensa em tentar, eu vou tentar, eu vou acreditar, eu vou tentar... Isso leva tempo.

              Leva um tempo considerável, principalmente se você é uma pessoa medrosa, eu sou, é o medo de cair nos braços daquele que faz você se comover com facilidade, mágico, Medo de que esse ser seja um dr. sádico, que com requintes de crueldade vai te fazer chorar. 

          Dizer eu te amo, no mundo em que vivemos hoje é algo rasgadamente vulgarizado. É por isso que eu tenho esse problema seríssimo em dizer eu te amo, mas quando dito, é de total entrega e com alegria na alma, assim é com a família, com os amigos, amores...

              Isso definitivamente leva um tempo considerável, para que o tom de voz modificado para conquistar, os movimentos do corpo antes policiados para agradar, O toque muitas vezes pensado e ensaiado cuidadosamente para enebriar, para que toda essa adrenalina da paixão que parece ser infinita, acabe. E então, depois restar o amor nu e cru. Saboroso.

              Amar é bom demais!






domingo, 9 de junho de 2013

Leia, Ouça e Sinta. #Poesia. #A.LETRA #A.VOZ #o.coração



Ode Triunfal

À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica 
Tenho febre e escrevo. 
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, 
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. 

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno! 
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! 
Em fúria fora e dentro de mim, 
Por todos os meus nervos dissecados fora, 
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto! 
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos, 
De vos ouvir demasiadamente de perto, 
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso 
De expressão de todas as minhas sensações, 
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas! 

Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical — 
Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força — 
Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro. 
Porque o presente é todo o passado e todo o futuro 
E há Platão e Virgíllo dentro das máquinas e das luzes eléctricas 
Só porque houve outrora e foram humanos Virgílio e Platão, 
E pedaços do Alexandre Magno do século talvez cinqüenta, 
Átomos que hão-de ir ter febre para o cérebro do Ésquilo do século cem, 
Andam por estas correias de transmissão e por estes êmbolos e por estes volantes,
Rugindo, rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando, 
Fazendo-me um excesso de carícias ao corpo numa só carícia à alma. 

Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime! 
Ser completo como uma máquina! 
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo! 
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto, 
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento 
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões 
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável! 
Fraternidade com todas as dinâmicas! 
Promíscua fúria de ser parte-agente 
Do rodar férreo e cosmopolita 
Dos comboios estrênuos. 
Da faina transportadora-de-cargas dos navios. 
Do giro lúbrico e lento dos guindastes, 
Do tumulto disciplinado das fábricas, 
E do quase-silêncio ciciante e monótono das correias de transmissão! 
Horas européias, produtoras, entaladas 
Entre maquinismos e afazeres úteis! 
Grandes cidades paradas nos cafés, 
Nos cafés — oásis de inutilidades ruidosas 
Onde se cristalizam e se precipitam 
Os rumores e os gestos do Útil 
E as rodas, e as rodas-dentadas e as chumaceiras do Progressivo! 
Nova Minerva sem-alma dos cais e das gares! 
Novos entusiasmos de estatura do Momento! 
Quilhas de chapas de ferro sorrindo encostados às docas, 
Ou a seco, erguidas, nos planos-inclinados dos portos! 
Atividade internacional, transatlântica, Canadian-Pacific! 
Luzes e febris perdas de tempo nos bares, nos hotéis, 
Nos Longchamps e nos Derbies e nos Ascots, 
E Piccadillies e Avenues de l'Opéra que entram 
Pela minh'alma dentro! 

Hé-lá as ruas, hé-lá as praças, hé-lá-hô la foule! 
Tudo o que passa, tudo o que pára às montras! 
Comerciantes; vários; escrocs exageradamente bem-vestidos; 
Membros evidentes de clubes aristocráticos; 
Esquálidas figuras dúbias; chefes de família vagamente felizes 
E paternais até na corrente de oiro que atravessa o colete 
De algibeira a algibeira! 
Tudo o que passa, tudo o que passa e nunca passa! 
Presença demasiadamente acentuada das cocotes 
Banalidade interessante (e quem sabe o quê por dentro?) 
Das burguesinhas, mãe e filha geralmente 
Que andam na rua com um fim qualquer; 
A graça feminil e falsa dos pederastas que passam, lentos; 
E toda a gente simplesmente elegante que passeia e se mostra 
E afinal tem alma lá dentro! 

(Ah, como eu desejaria ser o souteneur disto tudo!) 

A maravilhosa beleza das corrupções políticas, 
Deliciosos escândalos financeiros e diplomáticos, 
Agressões políticas nas ruas, 
E de vez em quando o cometa dum regicídio 
Que ilumina de Prodígio e Fanfarra os céus 
Usuais e lúcidos da Civilização quotidiana! 


Notícias desmentidas dos jornais, 
Artigos políticos insinceramente sinceros, 
Notícias passez à-la-caisse, grandes crimes — 
Duas colunas deles passando para a segunda página! 
O cheiro fresco a tinta de tipografia! 
Os cartazes postos há pouco, molhados! 
Vients-de-paraître amarelos como uma cinta branca! 
Como eu vos amo a todos, a todos, a todos, 
Como eu vos amo de todas as maneiras, 
Com os olhos e com os ouvidos e com o olfato 
E com o tacto (o que palpar-vos representa para mim!) 
E com a inteligência como uma antena que fazeis vibrar! 
Ah, como todos os meus sentidos têm cio de vós! 

Adubos, debulhadoras a vapor, progressos da agricultura! 
Química agrícola, e o comércio quase uma ciência! 
Ó mostruários dos caixeiros-viajantes, 
Dos caixeiros-viajantes, cavaleiros-andantes da Indústria, 
Prolongamentos humanos das fábricas e dos calmos escritórios! 

Ó fazendas nas montras! ó manequins! ó últimos figurinos! 
Ó artigos inúteis que toda a gente quer comprar! 
Olá grandes armazéns com várias seções! 
Olá anúncios eléctricos que vêm e estão e desaparecem! 
Olá tudo com que hoje se constrói, com que hoje se é diferente de ontem! 
Eh, cimento armado, beton de cimento, novos processos! 
Progressos dos armamentos gloriosamente mortíferos! 
Couraças, canhões, metralhadoras, submarinos, aeroplanos! 

Amo-vos a todos, a tudo, como uma fera. 
Amo-vos carnivoramente, 
Pervertidamente e enroscando a minha vista 
Em vós, ó coisas grandes, banais, úteis, inúteis, 
Ó coisas todas modernas, 
Ó minhas contemporâneas, forma atual e próxima 
Do sistema imediato do Universo! 
Nova Revelação metálica e dinâmica de Deus! 

Ó fábricas, ó laboratórios, ó music-halls, ó Luna-Parks, 
ó couraçados, ó pontes, ó docas flutuantes — 
Na minha mente turbulenta e encandescida 
Possuo-vos como a uma mulher bela, 
Completamente vos possuo como a uma mulher bela que não se ama, 
Que se encontra casualmente e se acha interessantíssima. 

Eh-lá-hô fachadas das grandes lojas! 
Eh-lá-hô elevadores dos grandes edifícios! 
Eh-lá-hô recomposições ministeriais! 
Parlamentos, políticas, relatores de orçamentos, 
Orçamentos falsificados! 
(Um orçamento é tão natural como uma árvore 
E um parlamento tão belo como uma borboleta.) 

Eh-lá o interesse por tudo na vida, 
Porque tudo é a vida, desde os brilhantes nas montras 
Até à noite ponte misteriosa entre os astros 
E o mar antigo e solene, lavando as costas 
E sendo misericordiosamente o mesmo 
Que era quando Platão era realmente Platão 
Na sua presença real e na sua carne com a alma dentro, 
E falava com Aristóteles, que havia de não ser discípulo dele. 

Eu podia morrer triturado por um motor 
Com o sentimento de deliciosa entrega duma mulher possuída. 
Atirem-me para dentro das fornalhas! 
Metam-me debaixo dos comboios! 
Espanquem-me a bordo de navios! 
Masoquismo através de maquinismos! 
Sadismo de não sei quê moderno e eu e barulho! 

Up-lá hô jockey que ganhaste o Derby, 
Morder entre dentes o teu cap de duas cores! 

(Ser tão alto que não pudesse entrar por nenhuma porta! 
Ah, olhar é em mim uma perversão sexual!) 

Eh-lá, eh-lá, eh-lá, catedrais! 
Deixai-me partir a cabeça de encontro às vossas esquinas, 
E ser levado da rua cheio de sangue 
Sem ninguém saber quem eu sou! 

Ó tramways, funiculares, metropolitanos, 
Roçai-vos por mim até o espasmo! 
Hilla! hilla! hilla-hô! 
Dai-me gargalhadas em plena cara, 
Ó automóveis apinhados de pândegos e de putas, 
Ó multidões quotidianas nem alegres nem tristes das ruas, 
Rio multicolor anónimo e onde eu me posso banhar como quereria! 
Ah, que vidas complexas, que coisas lá pelas casas de tudo isto! 
Ah, saber-lhes as vidas a todos, as dificuldades de dinheiro, 
As dissensões domésticas, os deboches que não se suspeitam, 
Os pensamentos que cada um tem a sós consigo no seu quarto 
E os gestos que faz quando ninguém pode ver! 
Não saber tudo isto é ignorar tudo, ó raiva, 
Ó raiva que como uma febre e um cio e uma fome 
Me põe a magro o rosto e me agita às vezes as mãos 
Em crispações absurdas em pleno meio das turbas 
Nas ruas cheias de encontrões! 

Ah, e a gente ordinária e suja, que parece sempre a mesma, 
Que emprega palavrões como palavras usuais, 
Cujos filhos roubam às portas das mercearias 
E cujas filhas aos oito anos - e eu acho isto belo e amo-o! — 
Masturbam homens de aspecto decente nos vãos de escadas. 
A gentalha que anda pelos andaimes e que vai para casa 
Por vielas quase irreais de estreiteza e podridão. 
Maravilhosa gente humana que vive como os cães, 
Que está abaixo de todos os sistemas morais, 
Para quem nenhuma religião foi feita, 
Nenhuma arte criada, 
Nenhuma política destinada para eles! 
Como eu vos amo a todos, porque sois assim, 
Nem imorais de tão baixos que sois, nem bons nem maus, 
Inatingíveis por todos os progressos, 
Fauna maravilhosa do fundo do mar da vida! 

(Na nora do quintal da minha casa 
O burro anda à roda, anda à roda, 
E o mistério do mundo é do tamanho disto. 
Limpa o suor com o braço, trabalhador descontente. 
A luz do sol abafa o silêncio das esferas 
E havemos todos de morrer, ó pinheirais sombrios ao crepúsculo, 
Pinheirais onde a minha infância era outra coisa 
Do que eu sou hoje... ) 

Mas, ah outra vez a raiva mecânica constante! 
Outra vez a obsessão movimentada dos ônibus. 
E outra vez a fúria de estar indo ao mesmo tempo dentro de todos os comboios 
De todas as partes do mundo, 
De estar dizendo adeus de bordo de todos os navios, 
Que a estas horas estão levantando ferro ou afastando-se das docas. 
Ó ferro, ó aço, ó alumínio, ó chapas de ferro ondulado! 
Ó cais, ó portos, ó comboios, ó guindastes, ó rebocadores! 

Eh-lá grandes desastres de comboios! 
Eh-lá desabamentos de galerias de minas! 
Eh-lá naufrágios deliciosos dos grandes transatlânticos! 
Eh-lá-hô revoluções aqui, ali, acolá, 
Alterações de constituições, guerras, tratados, invasões, 
Ruído, injustiças, violências, e talvez para breve o fim, 
A grande invasão dos bárbaros amarelos pela Europa, 
E outro Sol no novo Horizonte! 

Que importa tudo isto, mas que importa tudo isto 
Ao fúlgido e rubro ruído contemporâneo, 
Ao ruído cruel e delicioso da civilização de hoje? 
Tudo isso apaga tudo, salvo o Momento, 
O Momento de tronco nu e quente como um fogueiro, 
O Momento estridentemente ruidoso e mecânico, 
O Momento dinâmico passagem de todas as bacantes 
Do ferro e do bronze e da bebedeira dos metais. 

Eia comboios, eia pontes, eia hotéis à hora do jantar, 
Eia aparelhos de todas as espécies, férreos, brutos, mínimos, 
Instrumentos de precisão, aparelhos de triturar, de cavar, 
Engenhos, brocas, máquinas rotativas! 

Eia! eia! eia! 
Eia electricidade, nervos doentes da Matéria! 
Eia telegrafia-sem-fios, simpatia metálica do Inconsciente! 
Eia túneis, eia canais, Panamá, Kiel, Suez! 
Eia todo o passado dentro do presente! 
Eia todo o futuro já dentro de nós! eia! 
Eia! eia! eia! 
Frutos de ferro e útil da árvore-fábrica cosmopolita! 
Eia! eia! eia! eia-hô-ô-ô! 
Nem sei que existo para dentro. Giro, rodeio, engenho-me. 
Engatam-me em todos os comboios. 
Içam-me em todos os cais. 
Giro dentro das hélices de todos os navios. 
Eia! eia-hô! eia! 
Eia! sou o calor mecânico e a electricidade! 

Eia! e os rails e as casas de máquinas e a Europa! 
Eia e hurrah por mim-tudo e tudo, máquinas a trabalhar, eia! 

Galgar com tudo por cima de tudo! Hup-lá! 

Hup-lá, hup-lá, hup-lá-hô, hup-lá! 
Hé-la! He-hô! Ho-o-o-o-o! 
Z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z! 

Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!




Álvaro de Campos

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Maria Regina em: Mas que sabonete?



- Igual a do Sabonete... (Um momento para analisar, fundamentar e expressar o pensamento.) 

- Que Sabonete? ( Interrompeu... ) 
  
          E aquele cheiro forte de cravo que era sugado pela a parte de trás do ventilador e soprado forte na minha cara, forte, na cara dele também, se dissipava a fumaça... Desaparecia, o pensamento desaparecia, era muita fumaça, desaparecia toda aquela fumaça dentro de mim... A pergunta; Que sabonete? parecia absurda, absurda demais, e naquele momento, aquele momento único... Cômico... por que? que sabonete? me perguntava... E eu respondia:

- O sabonekkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...

- Vailha, rsrsrsrsrsrs o que foi? Maria Regina, que sabonete?

- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk aim aim aimkkkkkkkkkkk...

- Maria Regina Mulher...? rsrsrsrsrsrssrs

- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk aim uiiiimkkkkkkkkkkkkkk...

         Travesseiros me sufocam, afim de abafar o barulho escandaloso, da primeira fase/Riso solto... Segunda fase/Riso descontrolado.

- huuuummmkkkaaaaakkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk aiiim kkkkkkkkk

(Silencio) 

- uuuuuuuum, iiiiiiiiih, iiiiiih iiiiih kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
         
         Ivete apática, preocupada e xateada...

- aaakkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ÊÊÊeeehhhhheheheheheehekkkkkkkk... NÃO ME TOCA! kkkkkkkkkkkkkkk parou, parou, parou :') paroukkkkkkkkkkk

- O.o

(Music )

- iiiiiiiiiiiiiih kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk TINHA UM FUNDAMENTO, EU JURO QUE  TINHA UM KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...

         Engasgando com o próprio riso... Terceira fase/Riso desvairado... Quarta fase/Riso histérico. - 

- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... 

- :o ¬¬ O.o srsrsrsrsrs ¬¬ rsrs.

- :) aaai kkk aii ufa!

- Mas que sabonete?

- Eu esqueci, rsrsrs esqueci rsrsrsrsrsESQUECI CARALHOMkkkkkiiiiiiiiihhkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkKKKkkKkkkKKKKKKkkkkkkkkkKKKKKkkkkkkkKKKKKkkk...



quarta-feira, 3 de abril de 2013

Baixando uma consciência cósmica... #ERVA xamânica do baixo xangô!!!


Passavam imagens, sons e sensações que nada tinham a ver com o de fora e, sim com processos de dentro da minha cabeça era um turbilhão, um mundo inteiro o universo girava dentro de mim. Caleidoscópio em todas as suas possibilidades. Eu precisava que ele parasse mais o universo não para e é infinito e não para, e contem todas as coisas e não para e, é infinito e não para.. E NÃO PARA!
Porque no estado habitual da consciência, essas realidades não se encontram perceptíveis.
O chão não estava no chão. Eu pisava e não sentia impacto algum. Abriu-se um portal nos meus interiores. Riam o tempo todo. Presenciei belezas transcendentais. Mais do que tudo coisas simples. Eu vi milhões de coisas em uma rapidez que a mente não conseguia processar.
Meu tronco começou a balançar muito forte pra cima e pra baixo, num movimento repetido como dos autistas. Fui me dar conta de que estava me mexendo assim, depois de algum tempo e por causa de um relance de estranhamento que captei no olhar de alguém. Tentei parar o corpo, mais ele não obedecia. Tentei muitas vezes, mais sem sucesso. O ritmo do vai e vem só fazia aumentar, passou-se um tempo não sei quando me tiraram dali. E essa foi a mágica q me aconteceu por meio de um chá indígena.

Maitê Proença


#Quero#ver#búfalos#INTERNAS.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Plenitude


   Imaginei chegar. Hoje, com as mãos e o coração, estou aqui, para escrever. Sem a preocupação de ter feito a melhor escolha, a pior escolha, sem cobrar de mim o “bom comportamento” dos “menos favorecidos”, porque eu não sou. Com um pouquinho só de medo.
Hoje, com as mãos e o coração, estou aqui para aproveitar o ensejo em comum acordo com os meus sentimentos. Este, é um ano de expansão e desenvolvimento espiritual. Eu observo, reflito e noto os resultados deste desenvolvimento e me empolgo com o que vejo, faço as minhas previsões, estou me projetando para o futuro, que no passado foi o apogeu dos meus sonhos adolescentes. Eu estou conquistando. Eu me afastei de tudo aquilo que por minha entrega total, sofria, e afastei, todo aquele que por sua entrega total, sofri. Entre golpes e contra golpes que sofremos, percebemos que no fim, ninguém se preocupa em se esforçar para dar o minimo de atenção "as razões"... Que mau há? o rio não secou, apenas seguiu seu curso, em correntezas fortes, rápidas e frenéticas, São tantos os rios da vida, ainda mais consideráveis as suas vertentes... É quando os anos se transformam em um espasmo. O tempo não para, não para não, não para (8... E depois que o momento passa, Qualquer alteração a este efeito é positiva, a longo ou curto prazo.  


   Uma auto-avaliação nesses 3 primeiros meses de 2013, notei que estou com uma forte e intensa energia emocional, embora, calmo, também tenho sentido uma agressividade nunca antes aflorada, escondida e bastante tímida  mas feroz. Senti um magnetismo interno incrível  estou mais reservado, mais educado.

Estou Reavaliando emoções para não ficar remoendo o passado, pronto para me libertar de velhas mágoas, olhar para frente e se identificar com as soluções. aberto para o novo; virar a página e mudar de assunto! 



Ao meu único leitor, deixo o meu perdão, por ultimamente apenas escrever confissões adolescentes,  É que aqui, como você me fez refletir uma vez, cada pequeno gesto meu executado ou palavra "pronunciada", é a porta de entrada para o meu universo, em minhas manifestações mais ínfimas e íntimas. 
No entanto, quer queiramos ou não, quer pensemos nisto ou não...   PERDÃO! 

Como disse PAGU uma vez, sobre determinada situação:

- "ISTO AQUI É JANTAR FRIO, SEM FANTASIA. TOU BESTA."




Quem se apresenta em sua totalidade. Feliz#