sábado, 19 de março de 2011

† DEPOIS DE TUDO † - A SEGUNDA VISTA







a segunda vista



         O velho relógio na parede texturizada de vermelho, trazia em si a imagem de um homem com os braços abertos e acolhedores, de um tímido sorriso e um olhar fixo, penetrante e penoso.
A hora que marcava era 21h40min, e em menos de um minuto, João Carlos o olhou 3 vezes.
Estava inquieto, impaciente, esperava alguém e naquela hora lutava com todas as forças para manter viva a esperança de ver quem esperava ver.

         A campainha tocou e ecoou por toda a charmosa sala, ele não perdeu tempo, deu um salto do sofá e abriu a porta.
        Os olhares dos dois se encontraram profundos e famintos, a saudade era grande e forte, precisava rapidamente ser eliminada então, não fizeram cerimônias, agarraram-se bruscamente caindo os dois, ela por cima dele, um leve sorriso e em seguida a escuridão vibrante em suas cabeças dava voltas no mesmo compasso de suas línguas que se massageavam vezes lentamente e vezes violentamente.

        Tiraram as roupas, ele a dela e ela a dele, o velho relógio já marcava 22h10min. João Carlos não podia perder tempo queria logo possuir a linda loira que com os olhos de luz azul faiscante de excitação em silencio pedia a ele que dentro dela entrasse para que assim seus corpos juntos fossem um. E o ato se consumou, de amor, de ardentes desejos, de loucuras...

       Novamente João Carlos voltava a olhar para o relógio, marcando agora 23h00min. Eles fumaram e se olharam por um minuto inteiro. O clima de romance foi assassinado, João Carlos levantou-se e foi ao banheiro banhar-se, vestiu-se e encontrou a jovem já vestida, sentada no sofá vermelho combinando com o ambiente, de olhar serio, parecia esperar algo que fosse dito, ou feito.

        Ele colocou a mão no bolso, tirou a carteira e de dentro dela uma quantia. Estendeu para a bela que recebeu e sem contar a guardou. Ele a olhou, seu olhar mais parecia uma dose elegia, ela tentou retribuir, mas seus pensamentos a deixaram míope, ele partiu.

       Milena levantou-se, trancou a porta e foi para o quarto.
Milena, era assim que se chamava a bela loira de olhos azuis. Ela sentou-se de frente ao espelho do criado mudo, contou a quantia de 500 em notas de cinqüenta e a guardou na primeira gaveta. Olhou para o reflexo de si mesma, prendeu o longo e escorrido cabelo, e a flor da pele caiu em pranto.
Deitou-se na cama e chorou, chorou desesperadamente, chorou como uma criança chora, chorava e soluçava, chorou ate cansar e esgotada adormeceu.



CONTINUA...

                                                                                               BY:  H.c

3 comentários:

  1. Sua narrativa é deliciosa. Flui simples e direta.
    É uma boa ideia postar o texto aos poucos, isso faz o leitor, se gostar, voltar mais vezes.
    Aguardarei a conclusão do texto para comentar sobre o todo.

    Já estou te seguindo, ok?!

    Até e continue assim.

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  2. adorei segunda parte muito bom quero saber quando o meu vai estar aki quero ele ´postado beijosss arrazo mesmo gostei muito

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  3. a historia ivolve todo um ambiente que da todo uma imaginação forte de ver a cada momento descrido no conto.muito bom bitch

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