domingo, 23 de outubro de 2011

Adaptação.



Há fatos e sentimentos que ninguém nos tira. Não é preciso que o seu amor te corresponda pra que você ame-o. São incontáveis os poemas, músicas, monumentos, filmes, personagens, ou uma paixão, um amigo que nunca se beijou e nem mesmo chegou a corresponder tamanho afeto. Deveríamos fazer o que com estes versos não correspondidos? Jogar fora? Assim ninguém descobre tamanha tragédia em sua vida. Penso que não, penso que Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Pablo Neruda, Clarice Lispector, Caetano Veloso, Florence (and the machine)  e entre outros gênios devem publicar suas confusões amorosas independente do resultado final.



Penso que tudo pode mudar e acredito muito naquela máxima: “Nada é tão ruim, que não possa piorar”. Isto se encaixa perfeitamente em tudo o que podemos presenciar. Por isto viva o momento, viva o beijo, viva o segundo. O próximo pode ser horrível. Enfim adaptação ao novo é realmente difícil, ainda mais quando o novo é confuso ou no primeiro momento é bem pior do que o velho. ( OU NÃO )


No entanto o ser humano é persistente, principalmente com os erros. Parece que gostamos de carregar o sentimento de culpa, é algo similar ao que acontece em “Crime e Castigo” de Dostoievski . Enfim é a vantagem de errar, nos sentimos culpados começamos a refletir sobre as nossas atitudes, ficamos bons por um tempo e depois erramos novamente. É o que eu sei fazer, diriam alguns, não os culpo. Instinto e natureza são coisas que quase nunca mudamos.


E vou muito mais alem, alem do erro... Tenho uma tremenda dificuldade para identificar quando é o final. Alias de todos os amores que vivi isto é algo que penso sempre. Será hoje a ultima noite de amor, o ultimo beijo, o ultimo abraço, a ultima conversa sincera, o ultimo olhar de carinho... (Deve ser este o motivo de tanta intensidade das minhas alegrias e das minhas tristezas... QUANDO ESTOU APAIXONODO) Mas... enfim quando é o fim? 


Reconheço que adaptação é um processo profundo. Não é como um pires raso que transborda. É algo que necessita de pouca memória. Caso contrário será vergonhoso a sua adaptação. É como fugir. E não gostamos de fugir, isto não condiz com a cultura social. No fim temos de fazer algo simples, é mais fácil viver assim. No entanto, isto é só para quando estamos maduros. Viver é perigoso. Como sempre, não estou conseguindo dizer o que eu quero. Estou tentando adaptar os meus pensamentos para esta publicação, mas não sai nada. Tento colocar um final e como sempre não sei quando é o fim. Nada acontece no mundo real? Pessoas são mortas todos os dias. Diariamente alguém é traído, corrompido, enganado. Enfim, fatos não faltam o problema são os roteiristas ou escritores. Posso amar quem eu quiser. Se me acharem patético. Isto é problema deles, não meu. Você é aquilo que ama, não quem ama você. Foi o que eu decidi há muito tempo. ( É DO QUE SOU VÍTIMA HOJE ).




PRAZER! VAIDADE. ( MONSTRO, AINDA NÃO DOMADO... ) 


Enfim ontem eu era  um poeta, um apaixonado, um assassino, um criminoso, um político. Hoje eu sou um carteiro, um policial, um professor, um bom vivan, posso me adaptar há qualquer coisa, nada impede que eu desligue. 

  Isso é o que se ganha por viver sempre tão próximo da   atmosfera dos sonhos.


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