Incorporado
Eu perdi o censo.
Me desliguei do material e desse sistema repugnante.
Dessa vez, fiquei satisfeito em mergulhar nas minhas fantasias onde não
há hipocrisias e eu não possuo nada que me traga problemas.
Contrariei as expectativas que puseram sobre mim e é certo que me sinto
bem melhor assim! Somente as minhas vontades, estas eu realizei e serão as únicas que continuarão a me motivar, pois já não quero viver uma vida que não é minha, eu renuncio.
Fui eu que assumi essa posição e não vou voltar atrás. Afinal, estou em casa, durmo na rede e faço exatamente o que eles querem. Eu sou o corajoso, o louco, que tirou a gravata e colocou o chapéu de couro.
Fugi da dominação externa e deixei que eu mesmo determinasse meus caminhos. Não sigo diretrizes nem tenho filosofia de vida, na verdade eu não sei o que é isso.
Vivo muito bem com meus cavalos, e não há mais nada que eu precise ou que eu deva seguir.
Mas em alguns momentos, quando eu acordo com os galos, percebo que o afastamento do consumismo, da cobrança, da concorrência e da ambição não me acrescentou nada. Eu me tornei um fazendeiro alienado, sem perspectiva de vida e sem propósito já que ninguém olha para mim. Eu busquei um paraíso impossível de ser vivido absolutamente agora. E só então, com um olhar crítico que eu aprendera a usar antes, me dou conta que necessito me lançar.
Eu pensei que podia me abster de participar dessa malandragem. Mas eu pensei errado.
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